Tratamento por ondas de choque para síndrome miofascial

A causa não é bem estabelecida, porém alguns fatores intrínsecos ou ambientais podem estar associados à patologia:  movimentos repetitivos, postura incorreta, estresse emocional, distensão muscular, etc.

O tratamento consiste na identificação do fator causal, uso de medicamentos, acupuntura e fisioterapia. Em casos de falha de tratamento clínico ou recidiva há opção de fazer o tratamento por ondas de choque. Este é um método não invasivo em que uma onda acústica provome o aumento da vascularização em torno da lesão propiciando o alívio da dor.

Estenose-artigo

Estenose

Nesta patologia, ocorre o estreitamento do canal da coluna lombar por onde passam os nervos responsáveis pela sensibilidade e motricidade dos membros inferiores, às custas de crescimento ósseo e hipertrofia ligamentar. Além da compressão exercida sobre a inervação, ocorre diminuição de suprimento sanguíneo que  fornece oxigênio e nutrientes ao tecido neural.  Em resumo, as células neuronais entram em um processo de “sofrimento”.

A estenose lombar pode ser classificada de acordo com a origem em congênita, adquirida ou mista. Na forma congênita os pacientes apresentam estreitamento do canal vertebral pela formação constitucional e devido a protrusões discais e alterações facetárias, que são as articulações da coluna. Todas estas alterações contribuem, em diferentes graus, para o fechamento do canal e nesta forma de apresentação, em particular, a doença se manifesta de forma precoce. A estenose classificada como adquirida surge durante o envelhecimento, mais comumente após os 60 anos, sendo a forma mais comum encontrada na população em geral. A forma mista seria um quadro com características da congênita e da adquirida. Seriam aqueles indivíduos com alterações anatômicas no canal associadas a alterações degenerativas da coluna.

Mulheres são geralmente mais afetadas por esta doença e o segmento da coluna lombar mais envolvido é entre a quarta e quinta vértebra lombar.

Além da claudicação neurogênica, que é a sensação de peso nas pernas, e da dor radicular, que se caracteriza por uma dor em faixa no membro inferior, é comum em idosos a queixa de disfunção urinária que pode estar presente em até 50 a 80% destes pacientes e está relacionada à compressão de raízes sacrais que promovem a inervação da bexiga. Isto torna o diagnóstico desafiador pela necessidade de  excluir outros problemas como incontinência por estresse, infecção do trato urinário e hiperplasia prostática, que podem mimetizar ou confundir a elucidação da doença vigente, e às vezes se faz necessário uma abordagem multidisciplinar com urologista ou cirurgião vascular.

O exame padrão ouro para detectar a doença é a ressonância magnética. Demonstra com detalhes a configuração da anatomia óssea e de partes moles. O diagnóstico também pode ser estabelecido com base em raio-x dinâmico da coluna lombar.

Esta doença altera significativamente a qualidade de vida e a independência do indivíduo por perderem gradualmente a capacidade de caminhar. Cada vez mais o paciente se priva do convívio social e familiar em função da dor e da limitação funcional.

É uma doença de extremo interesse em função do envelhecimento populacional  e da forma em que incapacita e, uma vez estabelecido o diagnóstico correto, o prognóstico é muito bom, pois uma parcela significativa dos pacientes evoluem muito bem quando bem orientados e tratados adequadamente.

Tratamento por radiofrequência para dor na coluna

Há 2 formas possíveis de tratamento: radiofrequência térmica que faz a  ablação do ramo medial dorsal e a radiofrequência pulsada que promove a neuromodulação do nervo. A primeira é indicada para aqueles que apresentam dor decorrente de síndrome ou artrose facetária, por exemplo, e o segundo método se aplica para os pacientes com hérnia de disco.

A vantagem destes métodos, além da segurança, é a agilidade de tratamento, pois o paciente não permanece internado. 

Hérnia de disco

Creio que a principal dúvida do paciente seja justamente a origem ou a causa da hérnia. Dados da literatura científica apontam que os genes são fundamentais na explicação do surgimento desta patologia.  Da mesma forma que a cor de seus olhos a hérnia de disco se desenvolve através de informações contidas no gene celular. Fatores mecânicos (trabalho com vibração), bem como fatores ambientais (tabagismo), podem contribuir para o processo de formação da hérnia discal. 

Segundo dados epidemiológicos, a hérnia discal sintomática é mais comum entre os adultos jovens, entre 30 e 50 anos, sendo duas vezes mais frequente no sexo masculino. O impacto socioeconômico atribuído à hérnia de disco é exorbitante, sendo a principal causa de afastamento do trabalho.

Há grande esperança na condução do tratamento da hérnia por ser tratar de um quadro autorresolutivo. Estima-se que mais de 90% dos casos sejam passíveis de tratamento conservador, ou seja, sem necessidade de procedimentos invasivos. O diagnóstico geralmente é clínico e de certa forma  simples. Quando solicitados, os exames complementares, como raio-x e ressonância, trazem informações e detalhes importantes para melhor definição do plano terapêutico.

O tratamento conservador é amplo e pode englobar desde ingestão de analgésicos simples e antiinflamatórios, fisioterapia, mudança de hábitos de vida, pilates, atividade física. Através da anamnese e exame clínico, o médico é capaz de prescrever o tratamento adequado à necessidade de cada indivíduo, tendo em vista a idade e reserva fisiológica de cada um.

Na falha do tratamento conservador, que é a minoria dos casos, temos de pensar no tratamento cirúrgico. Quando indicada em tempo hábil e com critério, a cirurgia tem alta resolutividade e traz grande alívio aos sintomas do paciente.

Quanto as técnicas cirúrgicas, o padrão ouro é a discectomia simples com auxílio de microscópio. Existem outras modalidades como opção à discectomia simples. Há um grande avanço no âmbito das cirurgias minimamente invasivas e endoscópicas. Tratam-se de técnicas, que em teoria, podem reduzir a morbidade e agressividade cirúrgica e diminuir o período de recuperação do paciente.